Alta em abril foi de 2,8% em relação a março, aponta o IBGE.
A produção industrial mineira, impulsionada pelo setor automotivo, cresceu 2,8% em abril na comparação com o mês anterior. O resultado na série com ajustes sazonais ficou acima da média nacional (1,8%) na mesma base de comparação. Por outro lado, a atividade da indústria no Estado ainda acumula queda de 1% no primeiro quadrimestre em relação ao mesmo intervalo de 2012.
Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada na sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A produção industrial do Estado em abril na comparação com o mesmo intervalo do ano passado apresentou incremento de 1,8%. No período, cinco das 13 atividades avaliadas registraram expansão.
A principal contribuição positiva em abril veio do setor de veículos automotores, que registou elevação de 32,5% na comparação com o mesmo mês de 2012. Conforme o IBGE, o resultado foi impulsionado, sobretudo, pela maior produção de automóveis, veículos para o transporte de mercadorias e de autopeças.
Minas Gerais concentra o segundo maior polo automotivo do país, atrás apenas de São Paulo. O Estado é beneficiado pela manutenção do aquecimento do setor no Brasil. Apesar do baixo crescimento econômico, a produção de veículos continua alta em função de incentivos do governo federal para o setor, como, por exemplo, a prorrogação da desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
De acordo com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), entre janeiro e maio foram produzidas 3,63 milhões de unidade no país. O volume é 10,2% superior ao verificado no mesmo intervalo do exercício passado, quando atingiu 3,29 milhões de veículos.
O segundo maior crescimento setorial registrado em abril foi na indústria de máquinas e equipamentos, com expansão de 26,6% na produção em relação ao mesmo intervalo do ano passado. Em seguida está o setor de refino de petróleo e produção de álcool, elevação de 16,1% na mesa base de comparação.
Quedas – Em sentido oposto, outros produtos químicos (-31,1%) e indústrias extrativas (-10,4%) exerceram as principais influências negativas sobre o total da indústria em abril, conforme relatório do instituto. O resultado foi pressionado pela menor produção de inseticidas para uso na agricultura, superfosfatos, oxigênio, silício, adubos e fertilizantes.
Já a indústria extrativa, conforme a pesquisa, foi impactada por uma menor produção de minério de ferro no Estado. O mineral é o principal item da pauta de exportações mineira.
Além de Minas, entre as 14 regiões pesquisadas, em abril na comparação com março, foi registrado incremento acima da média nas indústrias da Bahia (2,5%) e Pernambuco, com alta de 2,3%.
De acordo com o IBGE, foram verificados também resultados positivos na região Nordeste (1,2%), São Paulo (1,0%), Espírito Santo (0,7%), Santa Catarina (0,2%), Rio Grande do Sul (0,2%) e Paraná (0,1%). O Ceará (0,0%) ficou estável pelo segundo mês seguido, enquanto os resultados negativos foram observados no Pará (-1,4%), Goiás (-1,2%), Rio de Janeiro (-0,4%) e Amazonas (-0,4%).
Fonte: Jornal Diário do Comércio