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Montadora italiana Argo terá fábrica em Minas Gerais

A produção na unidade brasileira deverá começar no início de 2015.

 

De olho no potencial do mercado brasileiro de máquinas agrícolas, a empresa italiana Argo Tractors, que detém as marcas Landini, McCormick e Valpadana, vai instalar no Brasil a primeira unidade industrial de tratores fora da Itália.

A fábrica será instalada na região metropolitana de Belo Horizonte em Minas Gerais. O município que vai abrigar a unidade será definido nas próximas semanas, afirma Tiago Bonomo, CEO da Argo para as Américas.

Segundo ele, os investimentos mínimos em ativos fixos são de R$ 30 milhões. A Argo tem como estratégia aumentar sua presença no Brasil. Com atuação discreta, nos últimos quatro anos, foram vendidos cerca de 600 tratores agrícolas para o Brasil, informa Bonomo.

Apenas tratores da marca Landini serão comercializados no Brasil. A fábrica no país deverá inicialmente produzir cerca de 500 unidades por ano de dois modelos de tratores de 100 a 200 cavalos de potência. Mas há planos de duplicar a capacidade produtiva. “Serão feitos investimentos progressivos para ampliação da capacidade de produção, de acordo com a demanda de mercado”, afirma.

A produção na unidade brasileira deverá começar no início de 2015. Mas também poderão ser importados outros modelos de tratores, que serão disponibilizados pelos distribuidores no país.

A meta da Argo é comercializar 1,2 mil unidades por ano, entre tratores produzidos no Brasil e importados. O maior volume deverá ser de máquinas fabricadas no país devido às facilidades de financiamento exclusivas para a produção nacional, observa Bonomo.

A estimativa da companhia italiana é ter no país de 30 e 40 distribuidores consolidados nas regiões Centro-Sul, no Centro-Oeste e nas fronteiras agrícolas do Norte e Nordeste. Atualmente são 15 pontos de venda ativos da marca Landini no país.

Segundo o executivo, a Argo tem 5% de participação no mercado mundial de tratores agrícolas e é um dos cinco principais players do segmento. Na Itália, seu principal mercado, tem 20% de participação.

Empresa familiar, que atua apenas no setor de tratores agrícolas com 30 a 300 cavalos de potência, a Argo faturou no ano passado € 600 milhões, 4% a mais que em 2012. Está presente em 130 países, com filiais comerciais na Europa, Américas e África do Sul.

O investimento da italiana no Brasil acontece num momento em que o mercado de máquinas agrícolas tem recuo nas vendas internas depois de um recorde em 2013. O CEO da Argo afirma que, independentemente do cenário atual, o objetivo da companhia é de longo prazo. “O mercado brasileiro é muito consistente e sólido. No longo prazo deve haver um crescimento e é um negócio bastante importante”.

Além das multinacionais que já dominam o mercado nacional de máquinas agrícolas, outras estrangeiras estão apostando nesse setor. No ano passado, a coreana LS Tractor inaugurou fábrica em Santa Catarina. Em 2012, a indiana Mahindra anunciou a construção de uma unidade industrial no Rio Grande do Sul. Outras empresas de máquinas agrícolas também avaliam a possibilidade de instalar unidade no país ou investir em distribuidores para testar o mercado.

Fonte: Valor Econômico
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