Governo Italiano apresenta os principais atrativos para investidores estrangeiros
19/06/17
Em recente evento, no início deste mês, o ministro de Comércio Exterior e Cooperação Internacional da Itália, Angelino Alfano, ressaltou as principais razões para o investimento estrangeiro no país: porta de entrada para os mercados de quase 800 milhões de consumidores, a Itália é a terceira economia da zona do euro e segunda economia de produção artesanal na Europa. Quem investe na Itália adquire um know-how único em setores estratégicos, como máquinas, automação, robótica, engenharia, moda, design, agroalimentar e tecnologias verdes, onde a Itália é primeira na União Europeia (EU) para o mix de energias renováveis utilizadas (com uma quota superior a 17%). A economia italiana está fortemente projetada no export (no G20, é o país com o quinto maior superávit comercial de fabricação), o custo do trabalho é um dos mais baixos entre os principais países europeus e a força trabalho é extraordinariamente qualificada, com um mundo universitário ligado aos principais networks europeus de pesquisa, desenvolvimento e inovação.
Entre as principais medidas tomadas pelo governo italiano para melhorar o ambiente de negócios e fortalecer a atratividade do país estão: o “Jobs Act”, que introduziu uma legislação em matéria de contratos de trabalho mais flexível e mais adaptável aos diferentes ciclos econômicos; a melhoria da justiça civil, com tribunais especializados para as empresas, incentivos para procedimentos extrajudiciais, a nova telemática e um novo processo de legislação sobre falências; a modernização da administração pública para garantir procedimentos de autorização simplificados e velocidade nos pagamentos; uma tributação mais transparente e previsível, medidas ad hoc para atrair capital estrangeiro; o Plano Indústria 4.0, que toca em todas as fases do ciclo de vida das empresas para aumentar a competitividade, para apoiar investimentos inovadores, digitalizar processos de produção e aumentar a produtividade dos trabalhadores e sua formação.
Ainda durante o evento, novos detalhes foram revelados. Foi reconhecida a importância dos esforços do governo italiano em proceder, pela primeira vez, uma reorganização sistemática no segmento de atração dos investimentos, por meio da introdução de ferramentas operacionais inovadoras: o Comité de Atração dos Investimentos Estrangeiros, com a tarefa de acompanhar os grandes projetos de investimento estrangeiros e propor melhorias regulatórias, e os nove Desk da Agência de Atração dos Investimentos (ICE), que serão integrados na rede diplomática e consular dos escritórios ICE. Destacado o papel central do sistema produtivo italiano do Plano Indústria 4.0. e a ligação entre a indústria e network universitário, para permitir às empresas com uma forte capacidade inovadora de continuar a melhorar para competir em mercados estrangeiros. Ao final, enfatizou-se a necessidade de assegurar a comunicação entre a rede estrangeira e as autoridades regionais e locais, aqueles que são particularmente conscientes das oportunidades na área e os destinatários finais do investimento.
Entre as inovações apresentadas, foram considerados particularmente importantes os instrumentos para o diálogo entre a Administração Fiscal e as empresas, em nome da transparência e da simplificação e os principais benefícios introduzidos: no mesmo ano fiscal, uma empresa pode realmente combinar estes benefícios e desfrutar de uma taxa efetiva de imposto inferior ao nominal de 24%. Não é por acaso, portanto, que a Itália, recuperou 20 posições no ranking de países com alto nível de atratividade fiscal, conforme relatado no estudo “Digital Tax Index de 2017: Locational Tax Attractiveness for Digital Business Models”, realizado pelo Mannheim Centre for European Economic Research (ZEW).
O CEO da FSI SGR Tamagnini também ilustrou o mecanismo de funcionamento do fundo criado pela Cassa Depositi e Prestiti, uns dos mais importantes fundos de investimento in equity na Europa, que tem a função de apoiar as empresas de excelência no “Made in Italy”. A vice-presidente da Confindustria , Licia Mattioli, aproveitou a oportunidade do evento para relançar a Comissão de Investidores Estrangeiros da Confindustria, que reúne as principais multinacionais que operam na Itália, a fim de desenvolver recomendações ao governo para melhorar o ambiente de negócios.
Finalmente, as considerações significativas dos representantes dos três investidores estrangeiros envolvidos, que enfatizaram os pontos fortes da Itália para o empresário estrangeiro: trabalhadores extremamente qualificados (“os melhores engenheiros do Grupo General Electric na Itália”), uma rede científica desenvolvida, uma excelente relação entre produtividade e custos de produção, um excelente apoio das instituições, nacionais e locais, um mercado particularmente aberto (também em setores estratégicos como energia e telecomunicações). Houve algumas notas negativas sobre a lentidão da burocracia, os complexos procedimentos administrativos e a ausência de políticas estruturais claras.