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Entrevista: Ricardo Vicintin – Diretor Presidente do Grupo Rima

Conheça um pouco mais sobre Ricardo Vicintin, empresário com visão otimista e opiniões bem formadas, que vem atuando no crescimento e diversificação do Grupo Rima.

Com coragem e espírito empreendedor, Ricardo Vicintin saiu de São Paulo em 1974 e veio para Minas, aonde fundou a Eletrometalur S/A, posteriormente chamada de Rima Industrial S/A. A história, no entanto, começou bem antes, quando seu pai, Oswaldo Vicintin criou em São Paulo a Metalur Ltda. Desde então, o Grupo Rima cresceu e vem se diversificando e inovando. Confira a entrevista de Ricardo Vicintin à Câmara Italiana e saiba mais sobre esse importante empresário, de visão otimista e opiniões bem formadas.

Como foi o início de sua carreira e o que o levou a sair de São Paulo e vir para Minas Gerais criar a Eletrometalur S/A, posteriormente denominada Rima Industrial S/A?

O ano foi o de 1974. Era uma época diferente da atual, em que o governo priorizava a industrialização e, consequentemente, fomentava o emprego. Havia incentivos e não tínhamos tanta notícia sobre corrupção. Se havia corrupção, os corruptos eram punidos. A indústria e a sociedade não precisavam arcar com as consequências da má gestão do dinheiro público, tampouco com os custos burocráticos que precisamos suportar hoje. O cenário era outro, e isso motivava as pessoas a inovarem e empreenderem. Tanto que a Fiat acabara de anunciar sua vinda para Minas Gerais. Essas foram minhas motivações.

Quais são as expectativas e as oportunidades para a Rima para o próximo ano?

Embora nossas metas não alcancem níveis tão elevados quanto gostaríamos, ainda mantemos uma perspectiva otimista. A política cambial que tem mantido o dólar em alta pode contribuir significativamente para isso, valorizando o produto para exportação. Somado a isso está a procura equilibrada por nossos produtos, o que nos possibilita projetar mais negócios para 2014.

Como você avalia a política industrial do Brasil?

Acredito que ainda falta planejamento para longo prazo para o setor industrial no país, embora seja possível perceber um movimento positivo por parte dos governos federal e estadual. Contudo, esse movimento acaba sendo brecado pela chamada sociedade civil que, na minha opinião, está repleta de pessoas que se beneficiam dos setores produtivos de forma oportunista, como funcionários públicos com poder de veto incompatível com o cargo que ocupam, algumas ONGs ambientais, alguns advogados de sindicatos que não produzem nada e se aproveitam do sistema. E a quantidade de empresas e indústrias que conseguem pagar por esse sistema viciado está cada vez menor. A indústria é um dos segmentos mais rentáveis no Brasil hoje, e frente à sua importância, ainda não podemos contar com políticas consistentes e que impulsionem o desenvolvimento e o crescimento do setor. Sinto como se o Brasil estivesse deixando morrer sua galinha dos ovos de ouro.

Como a conjuntura mundial vem afetando os mercados mineiro e brasileiro e também a atuação da Rima?

No caso da Rima, a conjuntura internacional tem sido positiva. Nosso produto é voltado, prioritariamente, para a exportação e, sendo assim, o dólar em alta é positivo para nós. Também temos ampliado nossas oportunidades no mercado externo a cada dia. Se dependêssemos somente da conjuntura interna, talvez estivéssemos em situação semelhante à de outros grupos econômicos que têm reduzido seu volume de negócios ou, até mesmo, fechado as portas.

Quais foram as grandes motivações para associar a sua empresa à Câmara Italiana?

Trata-se de uma parceria muito importante. A Câmara Italiana nos proporciona um volume maior de informações e mais contato com fornecedores e clientes.

Sendo um grande empresário, os momentos de lazer devem ser raros. Como o senhor os aproveita?

Gosto da convivência e da dedicação à minha família: esposa, filhos e netos. Compartilhamos bons momentos na fazenda. Também aproveito para me dedicar à Rima Agropecuária, onde tenho oportunidade de acompanhar a criação de animais, sejam bovinos ou equinos, uma paixão minha. Além, é claro, de acompanhar os jogos dos meus times do coração, os 02 Palestras, Palmeiras e Cruzeiro. Eventualmente, também faço viagens ao exterior.

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