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Entrevista: Agostinho Patrus Filho – Diretor do Grupo JAT

30/11/17

Empresa de transportes é pioneira em eficiência energética no País

Grupo JAT alia sustentabilidade e economia com investimento em energia solar para seus escritórios

O desenvolvimento econômico do País e o consecutivo aumento do consumo de energia elétrica trazem grandes desafios para o setor energético e para os empresários preocupados em aliar competitividade dos negócios com crescimento sustentável. Com o objetivo de preservar o meio ambiente e poupar gastos, administradores e gestores públicos têm colocado a eficiência energética como uma prioridade para o desenvolvimento futuro das suas atividades.

Com o maior potencial para redução do consumo de energia no Brasil, o setor de transportes é um dos pioneiros em soluções de eficiência energética. Foi isso que apontou o relatório (R)evolução Energética, elaborado pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), e pela organização não governamental ambientalista internacional Greenpeace.

O Grupo JAT, especializado no transporte rodo-aéreo de cargas, foi um dos vanguardistas no Brasil na implantação de um sistema de usinas fotovoltaicas para reduzir o custo do consumo de energia em seus escritórios. Com isso, aliou sustentabilidade com economia, dois princípios indispensáveis para um dos acionistas da empresa e deputado estadual Agostinho Patrus Filho.

Também presidente do Partido Verde em Minas Gerais, Agostinho não mede esforços quando o assunto é sustentabilidade. “Mais que pelo fator econômico, esse investimento se justifica pelo importante fator ambiental. Poder contribuir com nosso meio ambiente e ainda conseguir reduzir custos com essa benfeitoria nos dá otimismo para o futuro”, explica.

A implantação do sistema foi proposta por Raffaele Peano, consultor organizativo do Grupo e administrador da Sunteco Brasil, que atua em pesquisa e inovação técnicas no setor de energias renováveis. A empresa é responsável por uma série de usinas de energia solar, que estão instaladas por todo o território nacional. Para atender o aumento da demanda de empresas e indústrias interessadas em iniciativas sustentáveis, a Sunteco Brasil já instalou 11 usinas de energia solar apenas neste ano.

Segundo Raffaele, o Grupo JAT terá o retorno do investimento em cerca de quatro anos. Ainda assim, a usina, que começou a funcionar em janeiro, já contribuiu para uma redução de cerca 50% do gasto da empresa com energia elétrica. “O retorno é muito rápido, especialmente com essa visão de gestão, que abraçou a iniciativa pelo compromisso da sua diretoria com as questões do meio ambiente”, disse.

Como funciona

Uma usina solar com 32 placas fotovoltaicas foi instalada sobre o telhado de um galpão da empresa de transportes. As placas possuem uma alta potência, de 265 watts, e garantem a produção de cerca de 8,4 quilowatts em condições ideais.

A usina alimenta diretamente a rede interna da empresa e envia sua produção excedente para a rede da concessionária Cemig, que, com um medidor especial, calcula a diferença entre o que foi consumido e produzido, gerando desconto de quase 50% no pagamento da conta de energia elétrica.

Pensando no futuro

Mesmo com o investimento recente, o Grupo JAT não dispensa a possibilidade de desenvolver ainda mais seu lado sustentável, com a pesquisa de alternativas elétricas e híbridas para seus caminhões de carga.

“As energias limpas e renováveis ainda não chegaram aos grandes caminhões utilizados no setor de transportes. Ainda assim, estamos pesquisando tecnologias que podem ser futuramente implantadas nessa frota de veículos”, explica o consultor Rafaelle Peano.

Mercado em crescimento

A Sunteco Brasil já possui 15 clientes que investiram na iniciativa e, agora, têm mais cinco contratos que estão sendo discutidos. Para Raffaele, isso significa que o mercado está crescendo a cada dia. “Isso se deve tanto à conscientização quanto aos resultados das usinas. A redução dos preços dos componentes desse sistema é também importante. Afinal, quanto maior a produção, menores são os preços”, conta.

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