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Dia Internacional da Mulher

Conheça as personalidades femininas italianas que fizeram história

08/03/2018

Em qualquer época, sempre existiram mulheres que foram marcantes na sociedade local, regional ou mundial e que atingiram várias conquistas fruto de seus projetos ambiciosos. Na Itália não poderia ser diferente, pois sempre houve mulheres que não abandonaram seus anseios, mesmo em meio às dificuldades e que, em decorrência de suas vitórias, ajudaram a construir o futuro de muitas outras.

Conforme o passar dos anos, algumas desempenharam atividades que eram de costume executadas por homens, ou, até mesmo, sonhavam em ocupar cargos que nenhuma outra, na história, havia alcançado. Desde então, por conta dessa persistência, algumas delas tornaram-se motivo de inspiração. Por esse motivo, nada mais justo que conhecer, um pouco mais, sobre algumas personalidades femininas italianas e resgatar seus grandes feitos no passado e no presente e lições para o futuro. 

Anita Garibaldi 

Ana Maria de Jesus Ribeiro, a Anita Garibaldi, nasceu em 1821, sendo considerada, até hoje, uma das mulheres mais fortes e corajosas da época. Apesar de ter nascido no Brasil, é conhecida como a “Heroína dos Dois Mundos”, e foi esposa do revolucionário italiano Giuseppe Garibaldi, com quem partiu para a Itália, após a Guerra dos Farrapos,para lutar pela unificação italiana e iniciar o combate aos exércitos austríacos, na Lombardia (norte da Itália), em 1947.

Considerada, no Brasil e na Itália, um exemplo de dedicação e coragem, em sua homenagem, dois municípios receberam o seu nome no Estado de Santa Catarina. Um se chama exatamente como ela, Anita Garibaldi; o outro, Anitápolis. Além disso, muitas cidades brasileiras possuem ruas com seu nome. Em Roma, na colina do Gianicolo, que se debruça sobre a cidade, ela e Giuseppe Garibaldi têm dois monumentos em sua homenagem. Anita está representada em uma estátua carregando um filho em um braço e um revólver em outro. Este é também o local onde ela está sepultada.

Anita Garibaldi faleceu em 4 de agosto de 1849, na cidade italiana de Ravenna, após contrair febre tifoide e complicações durante o parto do quinto filho, que, como o anterior, morreu precocemente.

 Lina Merlin

Angelina Merlin foi uma professora e política italiana, membro da Assembleia Constituinte e primeira mulher a ser eleita para o Senado Italiano. Seu nome está vinculado à lei 20 de fevereiro de 1958, n. 75 – conhecida como Lei Merlin – com a qual a prostituição legalizada na Itália foi abolida. Ela nasceu em 15 de outubro de 1887, em Pozzonovo, no Vêneto.

Sua atuação política no debate constitucional, como membro da Comissão dos 75 “, foram decisivas para a proteção dos direitos das mulheres e deixaram uma marca memorável na Carta Constitucional , que conforme o artigo 3: “Todos os cidadãos são iguais perante a lei, sem distinção de sexo”, com os quais foi estabelecida a base jurídica para alcançar a plena igualdade de direitos entre homens e mulheres, que sempre foi o principal objetivo da atividade política de Angelina.

A intensa vida política e a relevância de seu trabalho fizeram com que Angelina Merlin seja considerada uma das mulheres italianas mais influentes da história. Ela faleceu em 16 agosto 1979, em Padova.

Sophia Loren

Em 20 de setembro de 1934, nascia, em Roma, Sofia Constanza Brigida Villani Scicolone ou, simplesmente, Sophia Loren. A atriz italiana começou sua carreira no cinema em 1950, aparecendo em atuações menores até ser contratada para cinco filmes pela Paramount em 1956, lançando sua carreira internacional.

Sophia ganhou fama internacional em 1962, quando recebeu o Oscar de Melhor Atriz pelo filme “Duas Mulheres”, que também lhe rendeu o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes e o  New York Film Critics Circle Awards.

Atuou em filmes notáveis como Orgulho e Paixão e Tentação Morena e chegou ao ápice de sua carreira em 1964, quando estrelou o filme “A Queda do Império Romano”.

Além do Oscar, ela ganhou um Grammy Awardcinco Globos de Ouro especiais, um Bafta, o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes, e o Oscar Honorário em 1991.

Sophia Loren é considerada uma das personalidades italianas mais icônicas e marcantes, e foi reconhecida como uma das 25 maiores lendas do cinema norte-americano do sexo feminino na pesquisa do American Film Institute, da AFI’s.

Trota de Salermo

Nascida sob o sobrenome Riggiero, Trota casou-se com Giovanni Plateario, médico e um dos líderes da Escola de Medicina da cidade de Salerno. Seguindo a carreira na Medicina, foi a primeira ginecologista de quem se tem notícia.

Informações pouco precisas sobre a data de nascimento de Trota não ofuscam o fato de que, em sua época, na Europa, só mulheres cuidavam da saúde de mulheres, e pouquíssimas eram letradas, e menos ainda, levavam adiante os estudos de medicina. Pesquisas apontam que, possivelmente, ela faleceu em 1097, mas, seu trabalho pioneiro rendeu tratados escritos que orientaram os tratamentos médicos para mulheres ao longo de 400 anos

O tratado mais famoso da pesquisadora foi dedicado ao período da gravidez e do pós-parto. Chama-se “De Passionibus Mulierum ante in et Post Partum” (Algo como “Sobre a saúde das mulheres durante e depois do parto”). No livro “De Curis Mulierum” (“Do tratamento para mulheres”, em tradução livre), Trota abordou dicas gerais de saúde, ensinando a fazer cosméticos em casa, a lidar com picada de cobra e a amenizar os desconfortos da Tensão Pré-Menstrual (TPM).

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