Evento organizado pela Câmara Italiana promove aproximação e interação entre produtores de importantes vinícolas de Salerno com importadores e sommeliers mineiros.
A Câmara Italiana de Minas Gerais recebeu em Belo Horizonte uma missão vinda de Salerno, na Itália, composta por fabricantes de vinhos da região. O intuito da viagem foi apresentar seus característicos vinhos a importadores e sommeliers, em busca de novas oportunidades de negócios e parceiros no Brasil.
Na ocasião da visita, ocorrida no último final de semana de abril, foi promovida uma degustação de vinhos, organizada pela Câmara Italiana no Automóvel Clube. Cerca de 60 pessoas tiveram a oportunidade de desfrutar do agradável evento e, além dos possíveis distribuidores dos produtos, compareceram também autoridades locais, como o Secretário de Turismo do Estado de Minas Gerais e também vice-presidente da Câmara, Agostinho Patrus, e o Secretário Municipal de Assuntos Internacionais de Belo Horizonte, Rodrigo Perpétuo.
A delegação institucional italiana contou com o Diretor Geral da Província de Salerno, Fasolino Francesco, e com o Diretor do Setor de Atividade Produtiva, Domenico Ranesi. Antes do início da degustação, eles se reuniram em um descontraído encontro com as autoridades mineiras presentes, com o presidente da Câmara Italiana de Minas Gerais, Giacomo Regaldo, com o vice-presidente da Câmara, Mario Araldi e com o secretário-geral da instituição, Leonardo Freitas.
É a segunda vez que vêm ao Brasil, mas a primeira em Minas Gerais. A opção pelo Estado, segundo o Diretor Geral da Província de Salerno, se deve ao empenho do secretário-geral da Câmara Italiana que, em visita à Itália, apresentou as diversas oportunidades comerciais que Belo Horizonte pode oferecer. Para o Diretor do Setor de Atividade Produtiva, um fator determinante para a vinda a Minas Gerais é a forte presença de uma comunidade italiana importante e unida.
Dos 33 produtores de vinho que fazem parte da Enoteca Provinciale de Salerno, representantes de quatro vinícolas locais formaram a delegação empresarial. São eles: Bruno di Concillis, da empresa Viticoltori di Concillis; Carmela Vuolo, da Mila Vuolo; Napoleone Cioffi, da Agricola Cobellis; e Paolo Bezzone, da Verrone Viticoltori. A expectativa dos empresários em relação às possibilidades de negócios geradas através da missão é muito positiva e após a degustação, encontros b2b foram realizadas visitas a potenciais parceiros.
Durante o evento, o produtor Bruno di Concillis expressou as potencialidades que percebe no Brasil: “Eu acredito que o mercado brasileiro tem extraordinária potencialidade naquilo que se refere à enogastronomia. Como um povo latino, os brasileiros tem o hábito de consumir coisas boas. E isso é importante, porque na área do BRICS, dos países emergentes, é o único povo que tem essa característica genética e cultural. Os povos latinos são naturalmente pré dispostos a consumir produtos de qualidade. E Belo Horizonte é a terceira maior cidade brasileira. Além de ser uma cidade economicamente forte e em expansão, é numericamente importante no que se refere ao consumo potencial do produto.” Bruno di Concillis ainda revela o que acredita ser a grande magia do vinho: as diferenças que cada vinho se expressam de acordo com o território onde é produzido e os mecanismos de produção. “Mesmo usando tipos de uvas iguais, de territórios próximos, se exprimem de maneira diversa de uma adega à outra. E esta é a mensagem do vinho no mundo.” Para Napoleone Cioffi, gerente de exportação da Agricola Cobellis, o vinho é ainda uma forma de manter e perpetuar tradições dos territórios e dos povos que o produz.
Os convidados participantes da degustação também se mostraram extremamente satisfeitos com a realização do evento. Armando Martini, proprietário da Casa do Vinho, achou excelente a oportunidade de conhecer mais a fundo os vinhos da região de Salerno e vai tentar chegar em um denominador comum com os produtores para trazê-los para Belo Horizonte. Johan Van Damme, proprietário de uma importadora de vinhos a ser aberta em breve, saiu animado do primeiro evento do setor que participa com cunho profissional. Para ele, foi uma experiência muito positiva poder experimentar produtos com gosto tão autêntico e derivados de uvas difíceis de serem encontradas.