Bloco econômico celebra conquistas em meio a desafios
26/03/2021
Criado em 26 de março de 1991, a partir do Tratado de Assunção, o Mercado Comum do Sul (Mercosul) completa, hoje, 30 anos. Fundado pelo Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, o bloco econômico objetiva a criação de oportunidades comerciais e de investimentos, mediante a integração competitiva das economias nacionais ao mercado internacional.
Atualmente, integram, também, o Mercosul a Venezuela (suspensa, desde dezembro de 2016, por descumprimento de seu Protocolo de Adesão e, desde agosto de 2017, por violação da Cláusula Democrática do Bloco) e a Bolívia (em processo de adesão). Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname compõe o grupo como estados associados.
Em três décadas, o Mercosul foi marcado por importante resultados, sendo uma das conquistas mais expressivas o acordo bilateral Mercosul-União Europeia, firmado em junho de 2019. Juntos, os dois blocos representam cerca de 25% da economia mundial e um mercado de 800 milhões de pessoas.
Números
Em 30 anos de existência, o Mercosul trouxe resultados positivos para o Brasil. De 2011 a 2020, o Brasil exportou US$ 54,9 bilhões a mais do que importou dos outros países do grupo, com a pauta de exportações diversificada, tanto em produtos industriais quanto em alimentos. Nesse período, o superávit comercial perde apenas para a China, para quem o Brasil exportou US$ 158,3 bilhões a mais do que importou, mas as vendas para o país asiático são concentradas em poucos produtos.
Segundo levantamento da CNI, cada R$ 1 bilhão exportado para o Mercosul gera R$ 4,12 bilhões para economia brasileira. Em relação à massa salarial, R$ 670 milhões em força de trabalho são criados a cada R$ 1 bilhão exportado para os demais países do bloco, contra R$ 450 milhões das exportações para a China.