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Entrevista com Evaldo Vilela, Presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais – Fapemig

Conheça a sua rica trajetória dedicada à inovação e ao desenvolvimento tecnológico no Estado

Com extensa carreira acadêmica e pós-doutorados na Alemanha, Estados Unidos e Japão, o professor Evaldo Vilela tornou-se uma referência em ciência e pesquisa no País. Agrônomo, é membro da Academia Brasileira de Ciências e da de Ciência Agronômica. Foi reitor da Universidade Federal de Viçosa e Secretário Adjunto de C&T e Ensino Superior do Estado de Minas Gerais. Em entrevista à Câmara Ítalo-Brasileira de MG, ele conta sobre os principais desafios à frente da Fapemig, onde está como seu atual presidente.

A Fapemig tem como missão incentivar e fomentar a pesquisa e a inovação científica e tecnológica em Minas. Neste sentido, como pessoas e empresas podem ser assessoradas pela instituição a desenvolver suas ideias e projetos? O que elas devem fazer?

O interesse das pessoas e empresas pela ciência, tecnologia e inovação é o início da aproximação com a Fapemig, visando a desenvolver bons projetos. Como agência de fomento à pesquisa, a Fapemig possui uma Diretoria de Ciência, Tecnologia e Inovação – DCTI, que pode ser acionada via Central de Informações (ci@fapemig.br), ou por telefone, para prestar esclarecimentos e orientar sobre os programas, editais e auxílios para estudantes, pesquisadores, empresários e demais interessados em desenvolverem novos conhecimentos, tecnologias e inovações.

Com base em sua experiência à frente da Fapemig e em outros projetos, quais os principais desafios enfrentados na promoção da inovação no Estado?

Um dos principais desafios é ampliar substancialmente a articulação entre as universidades, que desenvolvem novos conhecimentos, as empresas, que precisam e querem inovar, e as agências dos governos federal e estadual, que devem apoiar a transferência de tecnologia, auxiliar na diminuição dos riscos e apoiar a atuação do venture capital para as empresas.

Em princípio, o conceito de inovação pode nos remeter a soluções intrincadas e complexas. O senhor acredita que ideias simples, desenvolvidas pelas pessoas no dia a dia, longe de laboratórios e centros de pesquisa, possam ser inovadoras? De que maneira?

A inovação ocorre quando um novo produto, processo ou serviço atende à aspiração das pessoas, da sociedade ou do mercado. Pode ser algo simples, não necessariamente de base tecnológica. Uma sandália com um novo design, mais bonita, pode ser uma inovação. Muitas inovações nascem longe de laboratórios e resolvem grandes problemas do dia–a- dia das pessoas. Pode também ser algo mais complexo, um celular com novas funções. O whatsapp foi uma inovação tecnológica. É importante enfatizar que a inovação ocorre não nas universidades, mas na indústria, no meio social.

Em sua primeira edição, o Prêmio Mineiro de Inovação chega à sua reta final. Como o senhor acredita que iniciativas como esta contribuem para o surgimento de novos avanços e descobertas em benefício da sociedade?

O Prêmio Mineiro de Inovação é uma grande iniciativa que vem reconhecer boas ideias que viraram inovação; reconhecer o esforço de pessoas, particularmente de jovens, em empreender soluções de problemas, de desafios que as pessoas enfrentam nas cidades, na agricultura e na vida rural, como por exemplo, novos remédios, diagnósticos de doenças, novas formas de utilizar a água etc.

Na categoria “Menção Honrosa” do Prêmio Mineiro de Inovação 2014, a inovação na educação foi o destaque. O senhor acredita que inserir o conceito da inovação na formação de crianças e adolescentes, por meio das escolas, pode ser favorável para que, a longo prazo, o desenvolvimento científico e tecnológico seja, cada vez mais, notável?

A Menção Honrosa do Prêmio Mineiro de Inovação é muito importante para destacar áreas específicas nas quais necessitamos de muita inovação, como na área da educação, caso dessa primeira edição. Não conseguiremos melhorar a educação no Brasil sem nos valermos de inovações nos métodos de aprendizagem e das novas tecnologias de educação, muitas delas na área de Tecnologia da Informação, inclusive no campo virtual. Os jovens, hoje, possuem e desenvolvem, cada vez mais, habilidades motoras para as novas mídias, para os games, e nos cabe aproveitar esse potencial para uma educação mais inclusiva, mais acessível e contemporânea. O Prêmio Mineiro de Inovação, ao iluminar e divulgar inovações práticas para melhorar a educação brasileira, a partir de talentos de Minas, presta um enorme serviço ao futuro do País.

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