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Entrevista: Cledorvino Belini – Presidente da Fiat Chrysler para América Latina

Em entrevista à Câmara Italiana, o executivo fala um pouco sobre a carreira, o mercado automobilístico brasileiro e o que faz em seus momentos de lazer.

Com mais de 40 anos de carreira dentro do Grupo Fiat, Cledorvino Belini é o atual Presidente da Fiat/Chrysler para a América Latina.

Em entrevista à Câmara Italiana de Comércio de Minas Gerais, o executivo fala um pouco sobre a carreira, o mercado automobilístico brasileiro e o que faz em seus momentos de lazer.

Como foi o seu ingresso na FIAT e quais foram os maiores desafios da sua carreira?

Ingressei no Grupo Fiat em 1973, quando tinha 24 anos, na empresa de tratores do grupo. Trabalhava com organização e sistemas e meu primeiro trabalho foi desenvolver o sistema completo para a área de peças de reposição.

O maior desafio de todo gestor hoje é implementar mudanças em um mercado altamente competitivo e em constante transformação é um desafio sem fim.

Quais são as expectativas e oportunidades para a FIAT nos próximos meses deste ano?

Para a Fiat, 2013 vem se desenhando como um ano na média da indústria. Juntas, Fiat e Chrysler pretendem superar a marca de um milhão de unidades vendidas na América Latina (exceto México). Além disto, este é um ano em que a indústria está investindo fortemente em pesquisa e desenvolvimento a fim de atingir os níveis de eficiência energética exigidos pelo Inovar-Auto, programa que vai aumentar a competitividade da cadeia produtiva através dos estímulos e obrigatoriedade de investimentos na pesquisa e desenvolvimento, inovação e engenharia automotiva.

Como a conjuntura mundial vem afetando o mercado automobilístico brasileiro?

O cenário está muito mais competitivo. Os países desenvolvidos ainda não superaram totalmente a crise deflagrada em 2008 e seu mercado interno está retraída. Há capacidade ociosa na indústria automotiva destes países e, em decorrência, estes países fazem um esforço de vendas nos mercados mais aquecidos, que são dos países emergentes. Por esta razão, novos fabricantes vêm disputar o mercado brasileiro, que conta com uma gama de produtos como nunca visto antes. Isto exige da indústria automotiva brasileira melhorias contínuas em inovação, processos e produtos cada vez mais conectados com a necessidade do público. Paralelamente a isto, no Brasil, o Inovar-Auto inaugura um novo ciclo tecnológico, de desenvolvimento da produção e dos veículos, baseando-se em quatro vetores: eficiência energética dos veículos,  adensamento da cadeia produtiva nacional, obrigatoriedade de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação, além de obrigatoriedade de investimentos em engenharia automotiva. São metas que vão exigir intensos investimentos das empresas em pesquisa e desenvolvimento de materiais, tecnologias e novos produtos. A indústria está prestes a ingressar em um novo patamar de eficiência que se propagará por toda a cadeia produtiva.

Qual a importância da origem italiana para o sucesso da empresa?

A cultura e arte italianas se consolidaram antes mesmo de a Itália ser uma nação unificada, de modo que a arte e a cultura são os traços marcantes da italianidade. A Fiat reflete isto, valorizando o design, a estética e a cultura dos países em que opera. Estes traços são decisivos para o sucesso.

O senhor, como presidente de uma grande empresa, deve ter uma vida bastante ocupada. O que gosta de fazer em seus momentos de lazer? Tanto no Brasil, quanto na Itália?

Gosto de viajar e dedicar-me a grandes caminhadas, observando a natureza, o que me traz equilíbrio e conforto para o meu trabalho. E isto, claro, com a presença da minha família, dos meus netos.

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